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Médicos Sem Fronteiras (MSF) expandiu suas atividades na capital, Caracas, que foi mais uma vez classificada como uma das cidades mais violentas do mundo.
Trabalhamos com organizações locais e instituições públicas para oferecer assistência médica e de saúde mental às vítimas de violência urbana e sexual nos municípios de Libertador e Sucre, encaminhando para tratamento adicional, assistência legal e apoio social, conforme necessário.
MSF defende que se considere a violência sexual como uma emergência médica e que ela seja tratada de maneira abrangente. Para isso, capacitamos profissionais do hospital e do centro de saúde para receber e atender sobreviventes de violência sexual, e realizamos campanhas de conscientização em vários bairros ao longo do ano.
Oferecemos assistência médica e psicológica às pessoas afetadas pelas inundações em Caicara del Orinoco e Churuguara, e apoiamos a preparação para emergências em hospitais em todo o país. Ajudamos a equipar as salas de emergência, treinamos profissionais para lidar com a chegada de feridos em massa e oferecemos primeiros socorros psicológicos para grupos de defesa civil e de resgate voluntário.
Nosso projeto de assistência médica e psicológica para jovens em Maracaibo terminou em março por dificuldades na renegociação do acordo com o estado de Zulia, mas continuamos apoiando o programa nacional de malária em Sifontes, uma área de mineração com o maior número de casos registrados no país. Nossas atividades incluem diagnóstico e tratamento, promoção da saúde e controle de vetores.
Em 2018, também iniciamos atividades na fronteira, na cidade brasileira de Boa Vista, oferecendo cuidados de saúde mental, apoiando melhorias de água e saneamento em abrigos e buscando formas de aumentar o acesso à assistência médica em geral, pois as unidades de saúde locais lutam para lidar com o número crescente de pacientes que chegam da Venezuela.